Minhas subidas com elevador nunca mais serão as mesmas. Ontem eu tive uma crise “daquelas”, mas não passei por ela sozinha. Acabamos a aula e fomos ao trabalho da mãe da minha amiga. Ficava num edifício com alguns andares, não muitos. Andávamos pelas ruas, ainda com uniforme da escola, até que chegamos ao lugar. Acho que era a primeira vez que eu passava por ali. Porteiro nos olha, questiona nosso interesse em subir, relatamos a intenção e seguimos.
Entrada para o elevador, eu, minha amiga e um desconhecido. Era um senhor já com seus 40 e poucos anos, nós, por sua vez, com seus 14 a 15. Entramos, ela de um lado e eu de frente para ela. Silêncio. Absoluto silêncio. Neste momento eu olhava para o chão, quando tive a péssima (talvez nem tanto) ideia de olhar para frente. Foi instantâneo, ela parecia estar sincronizada de alguma forma, uma gargalhada querendo sair. Minto, uma não, duas. Uma de cá e outra de lá. Eu apertava os lábios, na vã tentativa de manter a boca fechada. Fracasso! A troca de olhares dizendo que não dava mais para segurar, e não deu. E saíram. Não uma, duas, mas várias gargalhadas. Aquela crise que vem sem pedir licença, que chega sem dizer a que veio e por qual motivo tomou conta daquele espaço. Socorro! Eu não consigo parar e minha barriga dói. A hora parecia ter parado e o elevador também. Alguns segundos pareciam uma eternidade. Olho para minha amiga e ela no mesmo estado que eu, aos prantos de tanto rir. Diferente do homem que nos olhava sem nenhuma compreensão, com toda a razão.
A porta se abre, desnorteadas saímos catando o pouco de seriedade que ainda nos restava daquela situação. Relembrando esta situação de ontem eu me questiono, que raio de graça havia naquele elevador? Nenhuma, é a resposta. Foi saudável no final, já que rir é o melhor remédio. Se você estiver prestes a entrar em um edifício, fique ciente de que essas crises costumam aparecer assim, e se vierem, só ria!
Crise no elevador
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